Só com taxas de ambulantes, bando de Batman faturou R$ 11.890 em duas semanas
POR LESLIE LEITÃO, RIO DE JANEIRO
Rio - A contabilidade apreendida na casa do ex-PM Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, revela que o líder da milícia Liga da Justiça estaria diversificando seus negócios. Em duas planilhas encontradas por agentes da Missão Suporte da Polícia Civil após a prisão dele, semana passada, em Paciência, o criminoso cita o que seriam os novos empreendimentos dos paramilitares: cobrança de taxas referentes a máquinas, e a barracas de ambulantes. Só dos camelôs teriam extorquido, em duas semanas, R$ 11.890.
As novas descobertas reforçam a suspeita de que o ex-PM já teria entrado no ramo de caça-níqueis. Numa lista de recolhimento de
pagamento, ele cita a palavra ‘máquina’ e escreve ao lado ‘R$ 3 mil’. Seriam 46 equipamentos em bares da região, dos quais 28 não estariam funcionando.
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A Polícia procura esclarecer a relação de Batman com barracas de ambulantes da Zona Oeste. Numa folha consta o recebimento de R$ 11.890, referente a duas semanas de autorização para que os camelôs montassem suas bancas.
Nas listas há também menção a pelo menos 17 veículos, com as descrições de placas e modelos. A polícia vai investigar que carros são esses, se foram utilizados por integrantes do bando e porque algumas das placas citadas são referentes a veículos de outras marcas. Nas anotações também foram relacionados valores referentes a dois estacionamentos: um com faturamento semanal de R$ 3.815 e outro com a arrecadação de R$ 4.515.
Apesar de apontá-lo como responsável pelo controle das TVs a cabo clandestinas, da distribuição de gás e das negociações de imóveis na Zona Oeste, policiais não encontraram documentos sobre esses negócios na casa do ex-PM.
Caça-níqueis e camelôs na contabilidade da mílicia
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