25.05.2009 - 13h02
Por Paulo Miguel Madeira
Heino Kalis/Reuters
As perspectivas são particularmente negativas para o sector da construção
A Fundação das Caixas de Poupança (Funcas) espanholas
prevê para este ano uma contracção de 3,8 por cento da economia do país, e uma contracção de 1,2 por cento em 2010, o que representa um agravamento das suas anteriores previsões em respectivamente oito décimas e sete décimas.
Estima também que o emprego se reduza em 6,5 por cento este ano e em 2,9 por cento no próximo, fazendo crescer a taxa de desemprego para 18,3 por cento no fim deste ano e 21,1 por cento no próximo, noticia a imprensa espanhola. Isto representará que em 2010 haverá em Espanha cerca de cinco milhões de pessoas querem trabalho e não o encontram.
Esta revisão é justificada com os novos dados entretanto conhecidos e com os dados da Contabilidade Nacional de Espanha no primeiro trimestre, que revelaram uma contracção do PIB de três por cento face a uma não antes e de 1,9 por cento face ao trimestre precedente.
A Funcas adere também à teoria que o trimestre passado pode ter sido “o pior” da actual recessão e adverte para que a intensidade do ajuste no sector imobiliário, os problemas na banca e a recessão mundial “vão atrasar
consideravelmente a saída da crise”.
As suas perspectivas para o sector imobiliário são particularmente negativas, com uma previsão de quedas da construção residencial de 22,9 por cento este ano e 16,3 por cento no próximo. O ajustamento deverá prolongar-se “muito tempo” e a recuperação só deverá recomeçar quando for absorvida a maior parte das casas por vender.
Previsões para a economia espanhola pioram
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